outubro 23, 2006

Vamos ver Debret?



Membro da Missão Francesa trazida ao Rio de Janeiro, Jean Baptiste Debret chegou ao Rio de Janeiro em 1816, cinco dias após a coroação do Príncipe D. João de Bragança, a partir de então, D. João VI. Sua obra é muito marcada pelo registro dos povos do Brasil. Debret retratou os costumes sociais e relações entre as diversas camadas da corte brasileira entre 1816 e 1831-- do Reino do Brasil (unido a Portugal e Algarves) ao fim do Primeiro Reinado do Império do Brasil -- e os usos e costumes das tribos indígenas. Através de seu trabalho, encontramos um Brasil com traços ainda muito marcantes de uma sociedade Antigo Regime.

Debret pintou também momentos marcantes do íncio do século XIX brasileiro, como, por exemplo, a aclamação de D. João VI, a consagração de D. Pedro I e a aclamação de D. Pedro II; além de prédios da capital do Brasil, como o Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, aqui no Rio de Janeiro.

Desde a última quinta-feira, está aberta, no no Museu Chácara do Céu (RJ), exposição com esboços de Jean Baptiste Debret, exibindo um belo lançamento de aquarelas e desenhos inéditos no Brasil. Trata-se do produto de uma obra recentemente lançada, "Caderno de Viagem", que é uma edição fac-similar, na íntegra, de um caderno de 66 páginas que se encontra depositado na Biblioteca Nacional da França. A maior parte das figuras são esboços feitos nas ruas do Rio de Janeiro por volta de 1820, e antecipam as imagens de "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", publicado por Debret depois de seu regresso à França.

Mas ainda assim você não faz idéia de quem seja Debret? Faz o seguinte: dá uma olhadinha nas imagens deste post e veja se elas não lembram algo familiar, como aquele velho livro didático de História que você usou na escola? As imagens dele são figurinhas repetidas nos livros escolares para ilustrar temas como a escravidão, a sociedade colonial e seus costumes:





E aí, vamos ver Debret?