maio 12, 2007

Sobre manhãs de sábado e merecimentos utópicos

Acredito que todos deveriam ter direito a pelo menos 3 manhãs de sábado por semama!

Um belíssimo final de semana a todos vocês!
=)

maio 09, 2007

Sobre ducados e papados



9 de maio de 2007. Enfim chega ao Brasil, Sua Santidade, o Papa, dentre outros títulos, conhecido também como Bispo e Patriarca de Roma, e outrora Duque de Roma. Sem grandes delongas históricas, em algum momento da Idade Média -- até porque minha área é Idade Moderna -- o Bispo de Roma puxa a si o Ducado de Roma, prerrogativa perdida -- estou quase certo disso; se alguém puder me corrigir, esteja à vontade -- em 1929, com a assinatura do Tratato de Latrão com Mussolini. Para aqueles que não se lembram, por este tratado, Mussolini reconhece o Vaticano como Estado independente do Estado italiano.

Em poucas palavras, o dux nada mais é do que o senhor da guerra. Daí, segundo uma explicação que me foi dada há algum tempo, a perda do Ducado de Roma pelo Papa teria sido uma maneira de evitar que seu respectivo senhor da guerra pudesse convocar exércitos e se posicionar contra o Estado italiano. Apesar da procura sobre maiores informações a respeito, não consegui confirmar esta informação. Mas, enfim, não é este o ponto principal do post. Certo é que a qualidade de Duque de Roma foi oficialmente retirada do Papa em algum momento do passado.

Enquanto a Globo faz uma imensa festa para a chegada de Sua Santidade, fico cá pensando comigo se Bento XVI, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (nome moderno da Inquisição, sabe...) não merecia novamente o Ducado de Roma. Enquanto todos falam da Santidade de Sua Santidade, poucos parecem se lembrar de sua intolerância com o que considera diferente ou errado, de suas medidas retrocessivas dentro da Igreja e de não ser simpático a esse movimento de padres pop-stars, que parecia ser a tábua de salvação da Igreja em sua constante perda de fiéis, pelo menos aqui no Brasil. Retrocesso e intolerância parecem a mim as palavras que mais caracterizam Bento XVI. Não que isto seja novo à Igreja Romana (nem a muitíssimas outras religiões). Mas, se João Paulo II não foi nenhum revolucionário, parece ter sido pelo menos um diplomata muito mais habilidoso.


É isso... A Igreja liderada por Bento XVI parece se embrenhar pelo século XXI numa anacrônica, intolerante e retrocessiva marcha para um pensamento que parece não ter mais vez, se não na prática, pelo mens nos ideais do século.

Que venha então o Duque de Roma!