janeiro 19, 2006

Sim, eu tive um sonho...



Eu tive um sonho... Um sonho com um mundo
em que não haja mais obras nas cozinhas e a
sujeirada que elas deixam. Um sonho em que
não fiquemos até à madrugada limpando
poeira. Eu tive um sonho em que os
apartamentos de baixo não terão mais
problemas com tubulações. Sonho com um
mundo em que os pedreiros não mais
precisarão quebrar o concreto, um mundo
em que eles trabalharão com Raios-X e
Laser...

Eu tive um sonho... Sonho com um mundo sem
poeira, em que meu aspirador de pó, minha
vassoura e minha pazinha terão utilidades ainda
desconhecidas. Sonhei com um mundo em que
visitaremos potes de poeira em museus...

E de resto, tentando querer sempre!
=P

Música do dia:
Eu tive um sonho
Vou te contar
Eu me atirava do oitavo andar...

janeiro 16, 2006

Nem só de céu vive Ipanema...


Pra você eu escrevo um poema
Que fale sobre os seus encantos
Que fale sobre o céu de Ipanema
Que fale sobre a pele morena
Que me faz sonhar acordado
De frente pro mar... (Você Pode - Seu Cuca)

O que é um domingo de Sol no Rio de Janeiro,
não é mesmo, minha gente? Pois é...
Domingão ensolarado, calor de 40º graus e
Rio de Janeiro é uma combinação que só
pode resultar em praia!

Ipanema estava fervendo, tanto pela areia
quentíssima quanto pelo mar de gente que

tomou a praia. Mas é aquilo, né, minha
gente, nem tudo é perfeito; e esse post não
será para falar das belezas do céu de
Ipanema. É de protesto mesmo! E fiquei me
perguntando ontem: do que adianta ter
tantas praias tão maravilhosas, e encher a
boca pra falar delas, se tantos cariocas não
sabem -- literalmente não sabem -- como se
comportar nelas?

Tudo começa no metrô, quando atestamos
a falta de educação de determinadas
pessoas. Acho que é por isso que a
integração pra Ipanema não funciona aos
domingos... Pessoas gritando sem motivo,
não respeitando os assentos preferenciais e
tal... O Ricardo chegou a comentar num post
sobre as pessoas quebrando o metrô no dia
do show do Babado Novo no Flamengo.

Na praia, algumas pessoas passam de
chinelo, e, sem o menor cuidado, despejam
toneladas de areia em você. É uma ginástica
se desviar dos jatos de areia.

Pra completar o show, eu pergunto: custa
muito pegar o seu lixinho e jogar fora? É
incrível -- no sentido mais original da
palavra -- que as pessoas não tenham a
menor senso e deixem tanta sujeira na
areia. Um cigarrinho, um canudinho, uma
garrafinha, uma latinha... De inofensivas
inhas em inhas a praia fica uma sujeirada.
Pior ainda é a Prefeitura não fazer uma, nem
uminha, campanha de conscientização sobre
o assunto...

Reparei que esses problemas são mais
fortes em Ipanema do que na Barra, que
é onde normalmente vamos. Não estou
aqui falando mal das praias do Rio. Ao
contrário, é realmente um protesto. Não
adianta idolatrar cegamente belezas da
Cidade Maravilhosa se se é incapaz de jogar
suas sujeiras no lixo.

Felizmente não são todos os cariocas que
fazem esse tipo de barbaridade, mas são
tantos os que fazem que a coisa fica
complicada... A única coisa que tá faltando
é um pouquinho de consciência. =(

É isso, minha gente! Não dá pra ser feliz
assim, né? Mas, de resto, tirando esses
probleminhas, só tenho a dizer que:

O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro fevereiro e março
Alô, alô, Realengo
Aquele abraço!
Alô, torcida do Flamengo
Aquele abraço!


=)

E de resto, vamu querê, né?
=P

janeiro 12, 2006

Será que sou um plágio?

É, amiguinhos.... Eu comecei a fazer um post, mas
acabei me desanimando quando lembrei que recebi
um comentário na minha última postagem que me
deixou meio assim, assim... Vocês acham que o meu
estilo é 100% igual ao do Ricardo?

Vou ser sincero, eu não acho. Ele pensa muito
diferente de mim e pontua muito diferente de mim
e fala de assuntos muito diferentes dos meus... Eu
tive blogs muito antes dele! Como posso copiar um
estilo de alguém se eu já tinha um blog antes?!

Isso me deixou na dúvida. Não sei se foi apenas um
desprezível comentário de uma pessoa desprezível e
de maneira alguma bem-vinda ao meu blog ou se
isso realmente é verdade e eu nunca tinha reparado.


Sei lá... Isso me desanimou um pouco.

E de resto, vamu querê, né?

janeiro 09, 2006

Jogando conversa fora


Tijuca ao entardecer

Então, né gente, uma das minhas promessas
pra esse ano que está começando foi a de
postar com mais assiduidade... Até agora não
consegui cumprir. Bem, depois de ler essas
palavras, você no mínimo deve estar
pensando que eu sou um convencido, que eu
acho que os meus posts são realmente
necessários a alguém.

Mas, veja bem, não é isso. É que eu
realmente gosto de postar. Mas às vezes
bate uma preguiça, um deixa que eu faço
amanhã, uma sensação de não ter o que
dizer... Mas quando eu tô inspirado, eu gosto
de escrever. Uma prova disso foi o último
post. ENORME, eu sei... Mas é que eu me
empolguei e soltei os dedos no teclado.
Foi o meu preferido até hoje... Mas foi meio
fiasco de audiência. Sabem como é, né?
Imagino o desânimo de ver tanta coisa pra
ler...

Pois é, estou escrevendo esse post entre
uma palavra e outra de um projeto de projeto
que eu tenho que entregar amanhã na
faculdade. Não, minha universidade, apesar
de federal não fez greve... Dá pra acreditar?
É só capricho de uma professora neurótica,
que queria que seus bolsistas fossem pra
faculdade no dia 02 de janeiro! Enfim, o que
a gente não faz nesse mundo acadêmico, não
é mesmo, minha gente?

Chegamos ao final desse post e acabei de
reparar que estou aqui apenas jogando
conversa fora enquanto reparo o alegre Sol
da Tijuca refletindo na janela do prédio da
frente... Tudo bem... Talvez muitos não
conheçam a belíssima -- plim! plim! -- Tijuca,
isso aqui é um paraíso!

Então é isso, né, minha gente? Um post sobre
nada... ¬¬

E de resto, vamu querê, né?!

PS: Ricardo, não deu certo esse negócio de decidir
sobre o que postar ao sentar na frente do PC... =)

janeiro 03, 2006

Enfim ele chegou!


Festa de Iemanjá na Bahia

Pois é, minha gente! Enfim ele tá aí... 2006,
belo e formoso, o sexto ano do século XXI!
A minha passagem de ano foi... tranquila.
Bem família, pessoas muito legais e especiais,
num lugar super-legal, mas um pouco
cansativa. Levar aquela comidarada e aquele
monte de coisas pra praia foi
compliqué. Tá
pensando o quê? Farofa na praia cansa!
=P



Mas é claro que rolou toda
aquela coisa maravilhosa de
jogar palmas pra Iemanjá!
Sabe, pessoas... Estava
pensando... Que coisa
maravilhosa é todo esse
sincretismo religioso,
não é
mesmo minha gente
? Nos
últimos dias do ano,
especialmente no dia 31 de
dezembro, o que mais
vemos aqui no Rio é a
galera toda empolgada, de todas as idades e
camadas sociais, vestida de branco, lépida e
fagueira, indo jogar, ou melhor, oferecer
flores a Iemanjá. Flores como oferenda para
agradecer à
Rainha do Mar pelas coisas do
ano que passou e renovar os pedidos para o
ano que se aproxima. Bem, para quem não
sabe, Iemanjá é considerada rainha do mar
pelos cultos africanos, a mulher de Oxalá,
líder dos Orixás, deuses africanos. Aprendi
que ela corresponde à Nossa Senhora da
Conceição no catolicismo, mas já vi outras
denominações. Bem, se levarmos em conta
que aqui no Rio Oxossi é São Sebastião e
Ogum é São Jorge e que na Bahia Oxossi é
São Jorge e Ogum, São Sebastião, fica mais
tranquilo de entender essas
diferençazinhas! =P


Mas, então, minha gente, como eu ia dizendo,
como é linda toda essa coisa sincrética, né?
Pessoas levando oferendas a Iemanjá,
jogando palmas brancas, amarelas, violetas,
vermelhas e de todas as cores imagináveis
(nesse mundo transgênico, cada ano tem mais
cores diferentes!). Eu mesmo joguei, uma
amarela, uma branca e uma violeta! =D



Umbanda nos festejos de Iemanjá, Rio de Janeiro

No dia 31 à noite, o que mais reparei à meia-
-noite, quando fui pra beira d'água foi
pessoas fazendo o
sinal-da-cruz e jogando
as flores pro mar. Gente! Que coisa
encantadora isso,
não é mesmo? Não sei se
dá pra entender o que quero dizer, mas acho

fascinante
essa mistura de crenças, tão típica
da religiosidade brasileira. O sujeito reza um

Pai Nosso
e oferece agrados a uma deusa
africana (tá certo que abrasileirada,
misturada ao folclore e mitologia nacional,
mas, ainda assim, proveniente da África!).
Longe de achar um absurso, acho isso
fantástico e riquísismo! Garanto a vocês que
é um espetáculo único!
=P



Lavagem da escaria da Igreja do Bonfim em Salvador
por baianas do Candomblé


Toda essa coisa de Pai Nossos, sinais-da-cruz,
palmas pra Iemanjá e pessoas entoando
pontos (músicas) em homenagem à Orixá com
alegria, enquanto pulavam as ondas, é tão
empolgante que deu até vontade de dar o
primeiro "trago" a Exu, segundo Jorge
Amado, "orixá dos mais importantes na liturgia
dos candomblés, orixá do movimento, por
muitos confundido com o diabo no sincretismo
com a religião católica, pois ele é malicioso e
arreliento, não sabe estar quieto, gosta de
confusão e de aperreio." Bem, na verdade,
não entendo nada de Candomblé, mas gostei
desse trecho e acho que ele explica muito o
orixá Exu. Na Umbanda, a abordagem da
figura do Exu é bem diferente. Mas isso é papo
pra outro dia. Enfim... Como disse, com toda
esse mix cultural-religioso, deu até vontade de
jogar champanhe pra Exu, que bebe cachaça,
na verdade! Hehehe. Momentos de
empolgação... Sabem como é, né?


Mas, então, né, minha gente, espero que
todos tenham tido uma entrada supimpa em
2006 e, mesmo que não tenha sido tão supimpa
assim, espero que todos tenham um ótimo ano,
repleto de realizações. Se não for tão repleto
assim de realizações, desejo que tenham pelo
menos alegria, saúde, serenidade e muito
lirismo e delicadeza! Que Iemanjá traga coisas
maravilhosas para todos nós!


Amém! =P